quinta-feira, 11 de julho de 2013

Legado de carinho


Até pouco tempo, a maioria das mulheres tinha uma máquina de costura em casa.  Sempre há uma bainha para ser feita, uma alça para ser diminuída, um vestido para ser ajustado. A praticidade dos tempos mais modernos, no entanto, contribuiu para o surgimento de oficinas de conserto onde uma profissional faz o trabalho e recebe por ele.

Durante muitos anos, vesti roupas feitas pela minha avó.  Fui crescendo e troquei a alfaiataria pelas peças industrializadas. Com a produção em larga escala e a emancipação feminina, as máquinas começaram a ser aposentadas nos lares e, hoje, é muito difícil encontrar uma mulher que costure sem fins profissionais.

Imagino que criar e produzir, pessoalmente, as roupas dos filhos e do marido deva ser algo muito prazeroso. E, claro, fazer o próprio figurino, receber elogios e responder sempre com vaidosos 'fui eu quem fiz'.

Sabrina casou em novembro do ano passado, na Catedral de Santo Antonio, em Salgueiro, e teve o privilégio de responder aos elogios com emotivos 'foi minha mãe quem fez'. Uma enorme prova de carinho. Aliás, os vestidos das daminhas, que ficaram primorosos, também foram confeccionados por ela. 

A mãe de Sabrina é empresária e não vê incompatibilidade em ter sucesso profissional e cultivar dotes femininos. Lêda, também já foi noiva, casou em julho de 2002 e costurou e bordou o próprio vestido de casamento, além das roupas das daminhas, da sogra, da mãe e das duas filhas. Um gesto de afetividade simbolizado na herança deixada pela avó, uma máquina de costura, bem diferente dos modelos atuais, com poucas funções e, inutilizada pelo passar dos anos. Mas, sem dúvida, algo que representa muito para Sabrina, Lêda e toda a família.



Sabrina: vestida de carinho



'Foi minha mãe quem fez'


Cumplicidade que faz toda a diferença num dia tão importante 






Pétalas para Sabrina


Daminhas vestidas pela mãe da noiva



Irmanzinha da noiva, Laís, também pode dizer 'foi minha mãe quem fez'


A mãe de Sabrina também já foi noiva e pode fazer inveja: 'fui eu quem fiz'



Daminhas de Lêda por Lêda. O noivo, Clélio.


Lêda, entre Synara e Sabrina, em 2002. A noiva confeccionou o figurino das duas filhas. 



Relíquia de família. Valor sentimental impagável.

3 comentários :

  1. Que postagem ma-ra-vi-lho-sa. A Sabrina, brilhando com seu sorriso de noiva. A Lêda, uma mulher como aquelas dos filmes antigos... Bom, acho que vou comprar uma máquina de costura pra mim!

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  2. De criatividade e demonstração de carinho eu, modéstia parte, entendo bem. Sempre que possível procuro algo interessante e diferente para presentear a minha esposa. Um site legal para isso é www.viacriativa.com . Posso dizer que de uma maneira singela, sempre me lembro dela.

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  3. Leda é exemplo de mulher empreendedora e artista!

    :)

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