sexta-feira, 28 de junho de 2013

Entrevista da Baba Yaga na TV Grande Rio


TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo, no Sertão. Junho de 2013. Entrevista por João Barbosa.

;-)

Só um detalhezinho equivocado na fala do apresentador. A renda não é extra. É a principal. No mais, foi tudo ótimo. Gostei!

Uma jovem centenária


102 anos de vida e muita paciência. Perguntei a Dona Lia qual era o segredo. ‘Paciência’. Resposta bem incisiva. ‘E não escutar o que falam de você’. 

Incrivelmente lúcida e forte, demonstrou pessoalmente como o bando de Lampião dançava. E fez os passos ágeis do xaxado. Aprendeu só de prestar atenção à tropa que, vez ou outra, era recebida na casa dos seus pais. Decorou, também, as modas que os cangaceiros cantavam e com uma voz firme mostrou-as para mim.

Uma contagiante alegria composta pelos poemas que recita, músicas que canta, a dança e bom-humor de sobra. Satisfação imensa de existir. 

Resiliente, adaptou-se às mudanças dos costumes e da tecnologia no decorrer de um século e não se ressente delas. Sem saudosismo ou crítica. Ela está, sempre, bem mergulhada no presente.

E, qual o momento mais marcante de todos?, eu quis saber. ‘O casamento dobrou minha felicidade’. Descreve o marido e a história que tiveram com muito encanto. Ele era benzinho. Ela também. Era assim que tratavam um ao outro. Quando o conheceu, em um forró, ele era noivo, mas logo desfez o compromisso e, seis meses depois se desposaram. Casaram-se em 1935.

Com João, Dona Lia (que, na verdade, se chama Maria) teve dez filhos, 49 netos, 52 bisnetos e 10 tataranetos.

Infelizmente, seu parceiro faleceu quando faltava um mês para os 50 anos de união. Mas, ela superou o luto com a paciência de que tanto fala e recomenda. E tocou o barco para frente. Incansável (é a sensação que tenho quando a vejo) e, de acordo com a filha mais nova, sem reclamação alguma. Um único medicamento para controlar a pressão. No mais, saúde de ferro.

E eu, ainda, encucada, nem tanto pela longevidade, mas pela alegria nata e resistente, estou bem perto de concluir, que a juventude é, realmente, um estado de espírito. Não tem idade, textura, aparência e, aparte todas as transformações políticas, sociais e as descobertas da ciência, a verdadeira jovialidade permanece inabalável. 

Que Dona Lia viva outros muitos e muitos anos de vida, deixando, por onde passa, o testemunho não só de uma vida longa, mas de uma vida feliz.


OBS.: Dona Lia (Maria Pereira Neves) nasceu em Jardim-CE, em 1911, mas veio para Salgueiro-PE pouco tempo antes de casar com João da Cruz Parente, onde permanece até hoje.

sábado, 15 de junho de 2013

Vai na feira, ainda dá tempo!

Acabei de comprar minha sandália de couro para o forró, na feira livre de Salgueiro. Elas estão na faixa de R$ 15,00, na banquinha de Seu Geraldo, que fica em frente ao antigo Lojão do Jeans, na Rua Francisco de Sá. Do ladinho, tem Seu Manoel, também, com outras opções. Quem não se organizou ainda e quiser entrar em contato com um dos dois, o telefone é 87 9635 7080. 

Bolsas desse tipo, você encontra no Mercado de Casa Amarela, no Recife. A sandália pode ser comprada em Seu Geraldo, na Rua Francisco de Sá, em Salgueiro. O vestido pode ser adquirido na Baba Yaga.

Banquinha de Seu Geraldo, na Rua Francisco de Sá, em Salgueiro. Rua da Mania de Festas.

Essa daqui eu adquiri no Mercado de Casa Amarela, em Recife. Lá comprei, também, a bolsa da primeira foto desse post. Primoroso trabalho. Dez a zero na Arezzo. E o bolso agradece.

domingo, 9 de junho de 2013

Babados fortíssimos e muito fuxico

Vestido três babados/ floral, xadrez e tecido liso com fuxico.
R$ 110,00

Confeccionamos do manequim 36 ao 50.
Para quem não mora em Salgueiro, enviamos pelos Correios (o cliente paga o frete).
Entregamos em até 8 dias depois da confirmação do pagamento.
Raquel - 87 8809 9970
Luzia - 87 8831 6599


Veja, em detalhes, como comprar clicando aqui.



                                                                                                    














Saia rodada e babado


Vestido rodado com babado - R$ 95,00
Acompanha o cinto

Confeccionamos do manequim 36 ao 50.
Para quem não mora em Salgueiro, enviamos pelos Correios (o cliente paga o frete).
Entregamos em até 8 dias depois da confirmação do pagamento.
Raquel - 87 8809 9970
Luzia - 87 8831 6599


Veja, em detalhes, como comprar clicando aqui.










Xadrez bonito e confortável


Vestido xadrez / cinto vermelho - R$ 90,00
Acompanha o cinto.
Confeccionamos do manequim 36 ao 50.
Para quem não mora em Salgueiro, enviamos pelos Correios (o cliente paga o frete).
Entregamos em até 8 dias depois da confirmação do pagamento.
Raquel - 87 8809 9970
Luzia - 87 8831 6599


Veja, em detalhes, como comprar clicando aqui.










Vestida para forrozar

Coleção de vestidos juninos 2013 da Baba Yaga


Tentamos reunir elementos bem típicos das festas de junho do Nordeste brasileiro. Utilizamos a chita que, ao contrário do estereótipo de seca, traduz um sertão florido e cheio de cores; Do artesanato, trazemos o fuxico, adereço confeccionado com retalhos de tecido. No tempo das nossas avós, eram comuns reuniões de vizinhas nas calçadas para tecer trabalhos manuais ao mesmo tempo em que conversavam e comentavam sobre os acontecimentos locais. Coisas de interior... Neste vestido, a cintura de fuxico harmoniza o encontro entre o floral e o xadrez. E, claro, para rematar a composição, acrescentamos o toque romântico que tão bem representa as moças interioranas, os bicos de renda.

Tudo isso é o interior sertanejo que nos inspira. Imaginem o conjunto moda junina mais as belíssimas músicas de Luiz Gonzaga.... Lindo demais. Para dançar forró com estilo.


Vestido acinturado chita e xadrez- R$ 90,00
Confeccionamos do manequim 36 ao 50.
Para quem não mora em Salgueiro, enviamos pelos Correios (o cliente paga o frete).
Entregamos em até 8 dias depois da confirmação do pagamento.
Raquel - 87 8809 9970
Luzia - 87 8831 6599


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Loja virtual: www.ateliebabayaga.com.br
www.facebook.com/modababayaga













quinta-feira, 6 de junho de 2013

A moça das Americanas

Sou fã de Maria Rita. Faz um tempinho que procuro um dos CDs dela, em minhas coisas, mas não encontro. ELO. Esse álbum traz muitas recordações. Não sei se boas ou ruins, mas, sem dúvida, intensas. Perdi. Sou desligada. Esquecida. Posso até ter emprestado a alguém. Foi! Agora já era. Comprei outro, hoje, nas Americanas. Precisava re-escutá-lo (No meu caso, música - em se falando de Elis e Maria Rita -  chega ser uma questão vital mesmo).

A moça do caixa me conhece. Acho isso algo incrível e formidável. São coisas que me fazem um bem danado. Descobrir que alguém me descobriu. Ou seja, que eu existo para pessoas que não existiam para mim. Engraçado até.

Nem sou de comprar nas Americanas, mas de alguma forma, nas poucas vezes em que comprei, fiz diferença na vida de alguém que trabalha lá. Dia desses fui comprar um alfajor. Estava em falta. Para não perder a viagem, comprei uma outra bobagem qualquer que nem lembro. Na hora de pagar, a moça, de uns vinte e poucos anos, simpática, comentou que fazia tempo que eu não aparecia. Tomei um susto. Juro! Mas, tentei disfarçar: "Estou fazendo contenção de despesas". E é verdade mesmo. Se já frequentava pouco o comércio, agora, frequento muito menos. Falei alguma outra trivialidade e despedi-me.

Hoje, encontrei o CD que eu queria por R$15,00 a menos. Reencontrei-me com a simpática moça do caixa - não sei o nome dela - e com Maria Rita, neste último caso, literalmente, com o Elo perdido.

Voltava pra casa e vinha lembrando de outras 'moças do caixa', falando genericamente. Pessoas que participam anonimamente da nossa história, mas de uma forma positiva. Tornam a vida mais humana. Familiar e aconchegante.

Como por exemplo, uma jovem mulher que conheci no banheiro de um barzinho daqui da cidade, num fim de semana qualquer. Ela estava apreensiva porque discutiu com o namorado e comentava com a amiga. Agradeci porque elas seguraram a porta do banheiro, pra mim, que estava sem trinco. Antes de sair, desejei "boa sorte com o cara" e isso foi o bastante pra ela me contar toda a história. Aliás, uma mulher muito bonita e legal para sofrer por um cara que, pelo que ela mesma me falava, não valia muita coisa. Mais uma amizade de banheiro com teor psicoterapêutico. Tentei animá-la, mas nosso sexo é mesmo frágil quando o assunto é paixão. Outro dia cruzei com ela no centro da cidade, muito rapidamente. Parecia bem. Espero que tenha dado um pé na bunda do traste. Ela merece mais.

A moça das Americanas, a do banheiro do barzinho ou o cara que entrega a água aqui em casa toda semana... tem o homem que, periodicamente, traz a ração dos cachorros também... pessoas com quem, geralmente, trocamos frios 'bons dias', 'boas tardes', 'boas noites', mas que, na verdade, são as linhas com que costuramos os retalhos de uma colcha enorme que é a nossa vida. Sem querer, podemos fazer a diferença na vida de alguém e, de repente - uma boa surpresa - esse alguém passa a fazer a diferença na nossa.

São os detalhes. O melhor do todo será sempre a parte. O detalhe.